31 dezembro 2009
O prazer das coisas simples...
Acendem em ondas. Apagam devagarinho. Ficam sempre acesas. Cintilam. Fazem corridas. E até, note-se, combinam todas as possibilidades acima descritas (é essa a primeira opção).
Será que não podiam só piscar?...
Plin...
Plon...
...
Plin...
Plon...
...
Plin...
29 dezembro 2009
Porque um poema também sofre
26 dezembro 2009
Da égide do encantamento
Numa destas últimas tardes – contando entre as vividas, apenas as sentidas – assisti, no meu costumado e nunca acostumado pôr-do-sol, a uma cor de estreia – ou à estreia de uma cor, se vos for mais conveniente.
Era vermelho.
Mas não era um vermelho “Coucher du soleil” (de marca francesa, como qualquer lápis de cor deve ser). Era diferente e único. Queria comunicar sentimentos e transmitir emoções. Não era apoiado e distante. Nem alaranjado e fugente. Não tinha as belas características sempre inenarráveis, nem as qualidades que as palavras apenas invejam a descrever – e que deslumbram os fins de tarde dos privilegiados.
Era um vermelho translúcido. Como se depois de morder o anzol, tivessem mandado pintar o céu em tons de aguarela, e a luz naquelas nuvens de arte, se houvera transfigurado em artífice vitralista.
Era um vermelho vitral. E fez-me sentir que estava na falésia do conhecimento, um passo além…