24 julho 2009

Parece que os cientistas descobriram que... (agora a cores...)

os Humanos brilham no escuro...

Os cientistas têm tendência para descobrir o óbvio... É o Damásio a dizer que as emoçoes influenciam as decisões, e agora estes japoneses... A mim, sempre me disseram que sou brilhante...


Divinais dores de dentes, prazeres machista e a imortalidade

Na eterna disputa entre criação e evolução, um dos argumentos que me impressiona é o da funcionalidade. Existem grandes diferenças entre planear um homem (e também uma mulher) e simplesmente deixar que eles aconteçam e evoluam. Uma dessas diferenças está nos dentes. Se eu tivesse inventado os dentes humanos, eles seriam como os dos cães que não ganham cáries. Ou como os dos tubarões, que nunca acabam. Já os meus são tipicamente amarelos e com uma manutenção dispendiosa em tempo e consultas a senhores sadicamente simpáticos de batas inumanamente esbranquiçadas.

Se porém imaginarmos que os dentes tinham como função mastigar por 20 ou 30 anos (esperança média de vida do “humano natural”, sem medicações, higiene ou hidratos de carbono refinados), os pedacitos de cálcio com flúor nas pontas até têm algum sentido. Até parecem bastante adequados à função.

Mais difícil de explicar, embora ainda dentro do geneticamente razoável, está o facto de ser muito mais fácil para os homens terem prazer no coito. E mais difícil para as mulheres. Assim como o facto de nenhum dos dois durar mais de um cento de anos. Imaginem que o Einstein ou o Churchil tinham durado meio milénio. Onde estariam?... Claro que aquilo que à partida não faz muito sentido, visto sobre uma perspectiva evolucionista, tem outras cores. Perdemos os telómeros dos genes e envelhecemos porque não há evolução durante a vida, só na reprodução. A questão do prazer parece ainda mal resolvida.

E será que isto prova que Deus não existe? Claro que não… apenas nos diz que a evolução tem uma explicação bastante razoável para coisas aparentemente muito estranhas.

21 julho 2009

A nós!
A nós!
O amor,
A paz!
Vinde a nós a serenidade.
O sorriso matinal de viver
E num momento esquecer,
Correr, correr.
Transporto no peito um condão
De ver neste Mundo de humanos
A breve e adocicada centelha
Que, como Midas, tudo doura,
Tudo transforma em divino.
Mas em nome de outro deus
Tudo benzo de bendito,
Tudo o que é nada e inexiste,
Do alcatrão à novela,
Deste cigarro àquele telefone sem fios.
Sou um pecador.
Tanto como um vivedor.
Mas só nos teus olhos
Sou o profeta.
Só em ti
Sou o que torna a escuridão em luz,
O sangue vermelho em paixão.

20 julho 2009

Por vezes

Qual benigno carcereiro, professor matreiro
Surpreendo em mim laivos de tímida felicidade.
Subtis sorrisos de uma sossegada serenidade,
Sem loucuras, sem monumentalidade, sem flashes.
Apenas um por do sol que me perturba cada vez mais,
De verdade.
Apenas um aproveitar o sol de dia e a escuridão de noite.
A beleza, onde a encontro, a alegria onde a descubro.
Rir.
Dançar.
Conversar.
E ser feliz.