Kay Corleone (Diane Keaton), talking to Michael Corleone (Al PAcino):
At this moment I fell no love for you at all - I never thought that would happen - but it has.
Kay Corleone (Diane Keaton), talking to Michael Corleone (Al PAcino):
At this moment I fell no love for you at all - I never thought that would happen - but it has.
Na estrada ela caminha
Por entre o alcatrão preto
Que a vida ali deixou
Que até a morte já pisou.
Sem destino e sem pressa
Sem companhia, sem mapa
Leva o cabelo negro,
Leva o olhar que não desgruda.
A força deixou-a para trás.
A vida enterrou-a há muito.
Caminha por caminhar
Mas ainda sente cada passo
Ainda geme sob o sol demasiado quente.
Sofre.
Porque assim escolheu,
Porque quis ir mais além,
Porque não seguiu as setas,
Porque não desistiu.
Chegará um dia,
Em que ela não caminhará mais.
Chegará a hora em que
O caminho seguirá só.
E nem nesse dia,
Ele saberá
Onde a levar.
E da carne nascerá pó.
E das vestes - o varrerão.
O vento o espalhará.
E ela já não mais irá.
Estará dispersa.
Estará aqui.
Numa noite de praia
Num oceano deserto
Um olhar de mulher
Um ímpeto de audácia
Palavras que se não dizem
Ideias que se conjugam
Corações que batem
E rebatem, batem, batem.
Entre certezas de sempre
Naquele encontro acidental
Marcado e destinado
Que desde sempre nos esperou
Como um dia de agenda
O fim depois do princípio
Como a fome e a sede
Como agora depois de agora.
E as minhas mãos te tocaram
Texturas se esfregaram,
Cheirei teu cheiro
Beijei teus beijos
Lambi tua língua
E senti o que tu sentiste
Na fulgência daquele instante
Ínfimo momento,
(Sem tempo)
Gravado eternamente
Em duas memórias
Fugazes.
Onde estás que te não repetes?
Que te não oiço o batimento?
Que não me escutas suspirar?
Que não me amparas os beijos?...
Beijos…
Sorvo a vida pelas pedras da calçada
E nas esquinas,
Absorvo o elixir da humanidade!
Onde os outros caminham sem caminhar,
Onde os outros olham sem olhar.
Trepo-me a mim próprio para me sublimar,
Clono o mérito alheio e consciencializo-o.
Mas quero mais.
Quero sempre mais.
Alcanço por cima dos prédios,
Ultrapasso os montes e vou até às montanhas.
Subo ao zénite, desço ao nadir.
E ainda não chega.
Sinto em mim a essência de ser
Que não é mais que amar viver.
Lutar por merecer cada acordar,
Até não querer mais que descansar.
E no entretanto,
Brindar!
Poema, que te sinto em mim,
Agrilhoado nos veios desta página,
Que te ocultas por entre as palavras
Duras, ressequidas, ostracizadas, mortas.
És do mundo e nada meu, mas
De mim partes sem que eu te dê,
E levas-me contigo a alma,
O sangue.
Escrevo-te como o rio segue o leito,
Como se soubesse já o que serás,
(Que sei!, embora não saiba).
E eu só te quero a ti.
E odeio-te porque sem querer,
Me escrevi a mim.