22 maio 2005

Depois de mim

Sei que não sou quem era

Sei que me fui sem regresso

Que ninguém irá em meu socorro

Até aquela longe, longe terra.

Parti por convicção

Embora sem boa intuição.

Parti, ainda que ficando,

Morri um pouco,

Ainda sobrevivendo.

E hoje sou assim.

Existo.

Mas não persisto.

E não voltarei

A ser quem fui.

Sou outro.

Sou alguém

Depois de mim.

5 comentários:

Anónimo disse...

er no meu Blog.

Anónimo disse...

Ia ler mais, mas percebi que foi este o primeiro poema, para mim, o melhor.
Porquê o melhor?
Porque me apoderei dele. Roubo-o, fico com ele para mim.

E agora que cheguei ao fim do blog, resta-me continuar a tazanar.
Hã, e o tal do Randy...

nando disse...

Este é o princípio... o fim ainda se não divisa. ;)

Quanto ao roubo... oh! p'ra ele tão corado... :O

;)

Anónimo disse...

A sério que gosto mesmo deste poema.

E para quem não ia comentar, lá voltei ao mesmo. É difícil manter-me calada!

nando disse...

Não se deve lutar contra a nossa natureza. Diz que faz mal...
:)