06 abril 2006

Amanhã é hoje

Sinto as horas com penitência,

Na madrugada que vi começar

E que se despenha sem clemência.

Comigo.

Sinto as horas com penitência,

Porque não se deixam abrandar

Esmagam-me contra o amanhã.

Mais e mais.

Quero ficar aqui para sempre.

Agora!

Não quero mais lutar,

Olhar, andar em frente…

Cobarde!

Cubram-me para sempre com a noite.

Atem-me a esta hora.

Amanhã,

Ela não estará lá.

Amanhã é hoje.

E cada novo dia,

É uma velha história,

Da mesma apatia

Da mesma inglória.

São três as horas.

E já muito o sono do corpo.

Nenhum o da mente,

Que há muito nem desperta.

E depois acordo.

E vivo,

E converso,

E brinco,

E passeio,

E trabalho,

E leio

E como.

E, nos intervalos,

Ainda tenho de ser feliz.

8 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a parte final, porque eu, geralmente, consigo dormir. Dormir ajuda-me a fugir dos estados de tristeza, que a esta não há mulher do Nuorte que a valha.
Que bonito este poema!

nando disse...

ihihi... que fofa!
Dormir... deixar o tempo passar...
é...
:)

Anónimo disse...

é pois! e eu fico com a verdadeira "moca".

nando disse...

Nando is not home right now.
Please leave a message after the beepp.

**BEEP**

Anónimo disse...

Mensagem recebida.
:(

nando disse...

Acho que a questão da moca está a ter tratamento ex professo noutro lado...
E vejo que está a apanhar o jeito aos smiles :)
:-*

Anónimo disse...

ex professo é comigo, mesmo...

nando disse...

lol
Estou à procura disso...
;)