10 novembro 2005

Lunni


Numa noite de praia

Num oceano deserto

Um olhar de mulher

Um ímpeto de audácia

Palavras que se não dizem

Ideias que se conjugam

Corações que batem

E rebatem, batem, batem.

Entre certezas de sempre

Naquele encontro acidental

Marcado e destinado

Que desde sempre nos esperou

Como um dia de agenda

O fim depois do princípio

Como a fome e a sede

Como agora depois de agora.

E as minhas mãos te tocaram

Texturas se esfregaram,

Cheirei teu cheiro

Beijei teus beijos

Lambi tua língua

E senti o que tu sentiste

Na fulgência daquele instante

Ínfimo momento,

(Sem tempo)

Gravado eternamente

Em duas memórias

Fugazes.

Onde estás que te não repetes?

Que te não oiço o batimento?

Que não me escutas suspirar?

Que não me amparas os beijos?...

Beijos…

8 comentários:

Anónimo disse...

:):):)
Maroto...

nando disse...

Andou muita água nestes versos!
:)

Anónimo disse...

água?

nando disse...

Claro! Tudo começou numa praia com um oceano (de água)!!!...
;)

Anónimo disse...

pronto. Chega de pormenores, ou o meu mundo imaginado não me larga.

nando disse...

Para isso servem as férias: para largar os mundos "imaginados" :)

Anónimo disse...

Discordo totalmente. O meu mundo imaginado é só meu e há-de acompanhar-me até que eu vire pó. É a única coisa que me pertence verdadeiramente, é o único "local" onde ninguém entra, mesma que eu o desejasse. É um mundo sobre o qual ninguém dá palpites. Pertence-me e não abdico dele. Creio até que não poderia abdicar, mesmo que quisesse. Existe desde que me lembro de ser gente e é a fonte da minha força.

nando disse...

hmmm....
Cheira-me a fã dos Jardins Proibidos do Gonzo. Será?