07 agosto 2008

Love

A long time ago I devised a test to prove love. As so many other things, it was inspired by a simple and everyday life event: from my window I saw a couple walking by, holding hands. «Oh, how sweet is love!»... And I wondered, how could I know that I was watching real love?...

The test began as something small and scientific: a couple would be placed in a white room, with a chair and a table. All they had to do was prove to someone else that they felt real love. I rapidly concluded that words and sex would not be enough, and so I gave up on science. The couple could do whatever they wanted, wherever they wanted. No need for a controlled environment.

The first important find was that if someone took his own life to save the other, it would probably mean they loved that person. Although not necessarily, since some people would give their life for a worthy cause... Nevertheless, this could not be my final answer. If one would have to die to prove one's love, the Earth would be filled with graving loved ones...

The needed help came from where I least expected. In law people study the nature of things. Things are divided in two groups: things that can be felt by our five senses, and the others. Well, love cannot be sense by any sense, except by the one that feels it. So, love cannot be proved, since it cannot be felt by anyone else.

At the end, my test is a failure, and love is all about trusting. In fact, today I think love is only about trust.

22 comentários:

Anónimo disse...

The problem is not the love but the surround influences over it, as each ones personalities.

gir@f disse...

I thought love simply was all about the heart and not about the head.
Trust means that’s we are using our head, its not something natural come out of our heart, so therefore is not truly love.

nando disse...

Antes de mais, obrigado por comentarem um texto tão encavitado (que estava!).

Susana: acha que as personalidades são influências extenas?... Eu diria que são internas... ;)

MAF: além de se poder confiar com o coração ou com a cabeça (eu normal e infelizmente uso mais a última), ainda não foi desta que vou tentei definir o amor em prosa de pretensões objectivas... falava de prova... ;)
ui!, definir o amor é muito mais complicado :\ (mas aceitam-se boas teses!) :)

Anónimo disse...

each one personalities = personalidades do par envolvido no dito amor.
Muitas vezes duas pessoas amam-se verdadeiramente, mas as suas personalidades são tão incompatíveis que a relação se torna, por vezes, imcomportável.

gir@f disse...

poucas sao as pessoas que conseguem confiar com o coração, muitos nem sabem e mesmo os que sabem não conseguem ignorar a cabeça. até nós próprios temos medo de confiar no coração e ouvi-lo....
O amor é para ser sentido, não descrito.
de qualquer forma, devias escrever mais
Bjokas Gordas

Margaret disse...

pois eu cá acho que, como observadores, dá para ver quando o amor é real... nem que o seja naquele momento; através da expressão de carinho e afecto que cintila no olhar de cada uma das pessoas do casal... e quando os envolve uma aura de paz, serenidade e contemplação :p cá para mim não preciso provas! vejo isso e acredito. naquele momento, aqueles dois estão em sintonia! para além do mais, amor não se prova com factos. são ligações neuronais e hormonais que se processam no cérebro :p esse caminho ainda não foi totalmente documentado pelos cientistas.

eva disse...

"...que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura ...", já diz a canção... E eu só sei que nada sei... E que quanto mais se tenta saber, mais difícil se torna de definir... E mais, não sei...

eva disse...

... mas (já me esquecia!) esta é uma boa teoria!... A confiança é, certamente, um dos pilares fundamentais de qualquer relação.

nando disse...

Susana: eu sei, mas prefiro não acreditar nisso (chamada técnica da avestruz, como bem explica a MAF no seu blogue). De qualquer modo, quando penso em influências externas, pensaria em família, situação económica, trios amorosos... :)

MAF: muito me contas. Estou perfeitamente convencido do contrário. De que a maior parte das pessoas limita-se a confiar ou não, e serão poucos os que pensam no assunto.
Assim como poucas pensarão sobre o amor. E, de vez em quando, pensar também é preciso! ;)
kiss

Alguém+neste Mar de Gente: acho que esses momentos podem não ser mais que isso mesmo... meros momentos. O ser humano é capaz dos maiores logros. Muitas vezes, até contra si próprio... ;)
E sim, talvez um dia se possa comprar o "teste do amor" na farmácia. Tempos difíceis esses... :\

Eva: definir o amor... é o eterno sonho dos poetas... ;)
E concordo que a confiança é importante em qualquer relação! :)

parafina falsificada disse...

que texto fantástico! bravo!

Ritinha disse...

"poucas sao as pessoas que conseguem confiar com o coração, muitos nem sabem e mesmo os que sabem não conseguem ignorar a cabeça. até nós próprios temos medo de confiar no coração e ouvi-lo...."
Não deixas de ter razão, mas falta um pormenor que pode mudar tudo, que é a historia e vivência das pessoas. Dou um exemplo, hoje em dia sou capaz de confiar apenas com o coração porque já antes ambos - cabeça e coração - foram traidos na sua confiança. Mas apenas o coração é capaz de voltar a acreditar na bondade das pessoas, na cabeça fica para sempre a lembrança daquela mágoa. E soubesses tu o quanto me entristece de vez em quando não conseguir desliga-la...

Ti disse...

I've been trying to comment on this post and I couldn't. There's a big lack of words to put out feelings. Let's see what I can do :)
First of all, your 1st experiment could never work that way.To perform an experiment based on Scientific Method (SM)you need to, among other things,set an hypothesis (based on previous observations) and establish a control group (which I believe wouldn't be easy as we all agree love can be everywhere thus "destroying" what, in this case, is supposed to be a control group). You could try to obviate these difficulties by relying on statistics and using the Null hypothesis Method. Again, it would fail concerning the lack of true lovers :)
You're 2nd experiment is closer to a "real" SM but, as you recognized, cannot be perfomed (at least is not ethical).
Finally, I have to say that I agree with you saying "love cannot be proved since it cannot be felt by anyone else"...In other words what you're saying is that empirism (philosophical empirism is the basis of the SM and that's why you're experiments failed) cannot be used in LOVE. But (and these are not my words; you can ask Karl Popper, for instance) when one denies empirism all that lasts is Faith. So you're last sentence, reflecting the right conclusion from your premises, would be "At the end...love is all about believing. In fact, today...love is all about faith".

Ti disse...

Ups, estiquei-me bem...

Adenda: Trust is a thing about society and love as nothing to do with it (society).

Para além disso, quero só dizer que a "fé" de q falo não tem qq conotação religiosa. Filosofia pura, ok?

Teresa disse...

obrigado :)

Margaret disse...

pois... infelizmente o amor às vezes não passa de momentos. mas esse não é o verdadeiro amor. desse que falem os verdadeiros enamorados :) nós, de fora, não podemos provar o que quer que seja.

nando disse...

Parafina Falsificada: muito obrigado! ;)

Ritinha: cada pessoa é única e por isso asa vivências individuais nunca são pormenores. ;)
É sempre muito complicado quando não conseguimos sentir e pensar em harmonia... o que, a bem da verdade, acaba por ser frequente. :)

Ti: antes de mais, minha cara: estique-se sempre que quiser! :)
Quanto ao resto, vamos ver o que te consigo dizer...
Gostei da tua crítica ao meu pretenso "teste científico"! No entanto, e sem querer melindrar o Popper (ou, por outras palavras, sem ter aprofundado leituras sobre tais matérias), há coisas que o empirismo filosófico não consegue provar e mesmo assim não são uma questão de "simplesmente acreditar". Podia dar o exemplo da paixão, mas ia ser uma outra discussão. Por isso, vamos a um exemplo mais simples: ter fome.
Será que o método científico (MC) consegue provas hoje (ou algum dia) que alguém tem fome? Parece-me que não. Daí terem inventado umas tais de "ciências sociais" que recorrem a outros métodos, baseados, por exemplo em estatísticas... E no entanto, achas que alguém duvida que exista a sensação de fome? Só um pensamento muito restritivo, que ignorasse a sua própria humanidade poderia defender tal... Mas enfim, segundo o Damásio a ciência (com "C" grande) acaba agora de descobrir que os seres humanos têm sentimentos... portanto, tudo é possível... ;)
De qualquer modo, bem aprofundado, o conhecimento científico, acaba por ser igualmente uma questão de fé... (mas isso seria uma outra loooonga história, né? ;) ).

Já quanto às tuas conclusões, elas resvalam já para uma outra questão, muito mais complicada, da definição do amor. Estranhamento (se eu fosse cientista, pelo menos) o tema da definição parece-me muito mais difícil que o da prova. lol :)

Thea: não tens de quê. ;)

Alguém+ Neste Mar de Gente: a questão é que, eles de dentro, também não podem provar nada... ;)

Ti disse...

O método científico consegue provar q alguem tem fome, sim. É so uma questão de arranjar um grupo controlo, um grupo de teste e um a "boa hipótese" que poderia ser, por ex., "Se q pessoa tiver fome come o que está na mesa" (q lhe coloquei à frente... claro q podes sp alegar q há quem coma sem fome mas aí é só uma questão de diminuir a "apetitosidade" do que lhe é posto à frente :D (só comerá se, efectivamente, tiver fome.) Aqui o MC não nos deixa ficar mal ;)
Qt à fé no conhecimento científico é melhor não irmos por aí....:)
Qt às conclusões (q afirmas serem de definição) elas não são minhas...limitei-me, ousadamente, a "polir" as tuas! ;) Beijo.

nando disse...

A fome é uma sensação psicológica. Como o medo, a dor, o frio. Uma das características das ciências sociais, que estudam precisamente os fenómenos subjectivos (relativos aos sujeitos) é não poderem usar o MC...
Não podes provar que alguém tem fome por comer porque há inúmeras razões para alguém comer. Nomeadamente a gula... :D Ainda que tentes analisar as reacções corporais (boca a salivar, estômago encolhido, etc.), a pessoa pode tomar um "analgésico para a fome" e não estar a sentir nada. Ou estar habituada e por isso já não sentir.
O busílis (palavra bonita, esta!) é que não há instrumentos que permitam, neste momento, provar cientificamente uma sensação. Não se pode pesar, medir, quantificar, fotografar, nem usar nenhum outro dos métodos normalmente à disposição das ciências determinísticas para o quantificar.
O Damásio agora anda a tentar fazer alguma coisa nesse sentido, através da neurologia. Talvez um dia se possa medir a quantidade da hormona X, dos neurotransmissores Y's e das moléculas H para saber quanta fome alguém tem. E depois sintetizar tudo e inventar a pílula da fome. E a pílula da paixão... (que sempre me intrigou como funcionará, quando não exisistir ninguém por quem estar apaixonado!...:\).
Mesmo aí (e aqui é pura especulação!) não é certo que a ciência meça níveis químicos e determine o que alguém sente. Porque a experiência também conta. E pessoas diferentes, sujeitas ao mesmo estímulo externo, sentirão de modo diferente... A famosa questão do: será que o meu branco é o teu castanho e o teu castanho o meu vermelho?...

Agora diz lá quem é que se estica nos comentários, quem é? ;)
Ah pois é!!! :)

Margaret disse...

escrevi assim a 19 de abril:
o amor
não se procura lá fora... procura-se cá dentro. há caminhos insondáveis para percorrer, uns mais a direito que outros. há ainda estradas longas intersectadas por pequenos caminhos, muitas curvas espinhosas e matos escuros. há quem conheça o caminho de olhos fechados, e viaje por estradas seguras e plenas de sol. há quem nem saiba da existência do caminho para o amor. mas agora que penso nisso, também há quem recuse olhar para a estrada, e viaje pelo meio do mato, ou não viaje sequer... e fique simplesmente perdido, no meio do mato... onde nem sempre espreita o sol. há pequenos dias, pequenos momentos de brechas entre as folhagens densas, onde sopra uma brisa. mas a maior parte do tempo... o tempo é mudo e quedo e esquece-se da brisa que sopra de levante.
não sei se faz muito sentido para o caso! lol andei à procura de algo mais que tenha escrito sobre o amor, mas só encontrei este post.

nando disse...

hmmmm... isto é mais poesia... what can one say?!... Tudo verdade? Esperemos que o nosso coração saiba encontrar o caminho por entre os espinhos... ;)

Poupinhas disse...

Trusting?? eu considero que o amor comporta confiança, mas não só. Definindo o amor: um conjunto de sensações não palpáveis, audíveis, visiveis e saboráveis por aqueles sentiram um formigueiro quando acordam, um conforto quando adormecem, um sorriso esboçado quando o olhar se perde na multidão ou nas ondas do mar quando invadem a areia e as rochas. Amor é quando confiámos em nós e no outro, porque amar é sempre a dois. Não é Nando?
Um beijinho

nando disse...

Ah... pois e tal... Definir o amor não é nada fácil. Há amor platónico. Há amor pelos que já partiram. Há amor por um filho. Há amor que parece mais as picadas de uma colmeia que um formigueiro... Um destes dias, ponho para aqui uma definição também... ;)