06 novembro 2005

Poema, que te sinto em mim,

Agrilhoado nos veios desta página,

Que te ocultas por entre as palavras

Duras, ressequidas, ostracizadas, mortas.

És do mundo e nada meu, mas

De mim partes sem que eu te dê,

E levas-me contigo a alma,

O sangue.

Escrevo-te como o rio segue o leito,

Como se soubesse já o que serás,

(Que sei!, embora não saiba).

E eu só te quero a ti.

E odeio-te porque sem querer,

Me escrevi a mim.

4 comentários:

Anónimo disse...

Tristes são alguns dias...

nando disse...

Felizmente!... assim melhor apreciamos os alegres, não é? ;)

Anónimo disse...

Não.

nando disse...

Ok, já percebi tudo.
Boas férias!
:)