22 dezembro 2008

A poetisa

Enfeitiça as palavras em versos,
E rima-as em significados,
Como sentimentos cinzelados,
Como adornos natos.
Não é um poeta,
nem uma poeta.
Mas dança com eles desde
que a História se escreve.
Porque também ela a escreveu.
Porque também ela a sentiu.

É poetisa.
É a beleza do poema na mão da artista.
É a obra como antecedência.
É a origem do corolário.
É mãe?
É caneta, às vezes pincel.
Canta com doçura,
Com amargura.
Sangra nas palavras
E faz-nos sentir
A nossa própria alma
Nas palavras que ela escreve
E nós vivemos.
E, de vez em quando,
Somos nós os seus poemas.

2 comentários:

Toninho disse...

O crocodilo gostou deste blog.

nando disse...

Olha, olha, um Lacoste!!!
Eheh, que este blogue anda ficar fino!
Será que vou começar a ser barrado à porta?...
Votos de continuação de Boas Festas!