17 julho 2006

A traição

Ela chora na ponta da mesa.
Prostrada, Mal tratada, Humilhada,
Mas, de facto… quem perdeu fui eu.

As suas lágrimas queimam-me o rosto
Descem derretendo-me a pele até ao peito
Atravessam-me, furam-me, estacam-me.
Os olhos raiados, as perguntas murmuradas.
E fico ali.
Parado.
Inquieto.
Petrificado.
Sob a visão do meu corpo que se revolta
Se levanta
Caminha até ela
E a abraça e a beija e lhe seca os olhos e diz que tudo vai correr bem.
Mas não.
Estou ainda ali.
E, de facto… quem perdeu fui eu.

8 comentários:

Ana das Pontas disse...

Gosto dos teus poemas. Não gosto dos versos que dizem só por dizer, que teimam em rimar à força... Gosto mesmo dos teus poemas! =)

nando disse...

ihih Que fofa!

Fazer versos a rimar é mais difícil!... É como criar uma melodia. Se não acompanhamos o ritmo, o poema teima e só rima à força... E depois não é bem poema...

Talvez, com tempo e inspiração, faça uns poemas a rimar que tu também gostes! :)

Anónimo disse...

Eu vou ser mundana: LEVANTA-TE DA MESA JÁ!
Pronto, desabafei o poema!

nando disse...

:-)
Uma mulher do Norte?
lol
pois...
:)

Anónimo disse...

Ahahaha!
Completamente do Norte!

nando disse...

Hmmmm....
Vou responder ali no post do Randy, pode ser?... :)

Anónimo disse...

Já vi. Volto a dizer que o tal do Randy deve ser muito paradinho...

nando disse...

Nem por isso*. E oferece umas gargalhadas valentes. :D

*embora não tanto como eu pensei que tinha sugerido... :P